segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Posto Guarda Fiscal da Azoia, Sintra, à venda





É com lamento que encontramos mais um posto da GF à venda.
Situado na Aldeia de Azóia, a cinco minutos do Cabo da Roca, está inserido no Parque Natural de Sintra - Cascais. O posto tem excelente vista para o mar e para a serra de Sintra.
É pena que os SSGNR não aproveitem esta infraestrutura para lazer dos seus associados.

Recordações das colónias de férias da GF na Póvoa do Varzim e Ancão

Estação da CP de Mogadouro, onde Antero Neto apanhava o comboio para a colónia de férias da GF

Infelizmente não possuo fotografias dos maravilhosos tempos que passei nas colónias de férias da Guarda Fiscal, quer na Póvoa de Varzim, quer no Ancão.Mas possuo lembranças, que jamais se apagarão da minha mente, e pelas quais ficarei eternamente grato à Guarda Fiscal. Lembranças da alegria que senti quando, pela primeira vez, nos idos de 1975, o meu pai me comunicou que iria passar três semanas à praia. Lembro-me do ligeiro aperto que senti no estômago quando chegou a hora de partir. E do zelo da minha mãe que cosia as minhas iniciais na roupa que haveria de levar. Da nota de cem escudos cuidadosamente embrulhada num lenço. Do sorriso amigo do condutor que me haveria de levar (e aos restantes colegas) à estação de Caminho de Ferro de Mogadouro. Do bulício inusitado da plataforma de embarque. Do cheiro da automotora de bancos duros de madeira. Da chegada ao Pocinho, onde finalmente nos sentávamos nos bancos forrados do comboio. Que nos haveria de levar até S. Bento, com paragem demorada na estação do Tua, onde se nos juntavam os colegas da região de Bragança e de Mirandela. Da chegada à majestosa estação de S. Bento. Do carinho dos Guardas que nos encaminhavam para o jipe, para a transfega até à estação da Trindade. E da chegada à Póvoa, onde nos esperavam para nos conduzirem à fortaleza. De chegar e de ser recebido por um Guarda transmontano, que nos tratava como se estivéssemos em casa. Lembro-me de ficarmos com as últimas mesas no refeitório e com as últimas camas da camarata. E lembro-me da primeira noite, em que acordei debaixo da cama, cheio de frio, na madrugada húmida da Póvoa. E de caminhar em dupla fila indiana, pela avenida dos Banhos adiante, até às nossas barracas. Sempre sob a supervisão rígida e amiga do Sr. Monteiro, e do Sr. Fonseca. E dos pregões da praia. E do sargaço. E das estrelas do mar. E do primeiro mergulho (barrigada).E de nos despedirmos a cantar com lágrimas nos olhos: "Ó Zé, ó Zé, ó Zé / arrebenta a bexiga na caneca do café... colónia querida/ vamos-te deixar/ saudades sentidas/ havemos de levar/ e quando formos velhinhos/ aos pequenos contaremos/ esta vida da colónia/ que nunca mais esqueceremos..."E mais não digo porque já me estão a vir as lágrimas aos olhos.
Um abraço,
Antero Neto

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Posto abandonado da GF do Azinhal




O Posto da Guarda Fiscal do Azinhal
Durante quase todo o séc. XX, o Posto da Guarda Fiscal do Azinhal funcionou no Murtal, neste edifício construído no cume de uma colina sobranceira ao então Porto do Azinhal.
A Guarda Fiscal chegou a ter 8600 agentes no activo.
João Xavier
In http://azinhalalgarve.wordpress.com/2009/03/26/o-posto-da-guarda-fiscal-do-azinhal/

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Homenagem ao camarada Parada dos Santos morto ao serviço da GF - 1984



Venho por este meio recordar com saudade o grande amigo e camarada,que todos perdemos num trágico atropelamento numa Operação STOP,na noite de 20 de Agosto do ano 1984, na área de Chaves. Que a sua Alma descanse em Paz. J.Jorge

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Os Primórdios do Serviço Marítimo da GF

Uma Lancha a Remos e a Canhoeira Lagos, esta pertenceu à Esquadrilha Fiscal da Costa criada pela Guarda Fiscal logo após a sua fundação, em 1885 ( Capa de Pela lei e Pela Grei, nº 4 - 2004, GNR.



A vocação marítima da Brigada Fiscal data de mais de um Século quando Sua Majestade El-Rei D. Luís, no dia 17 de Setembro desse longínquo ano de 1885, promulgou o Decreto n.º 4 que criava um corpo especial da força pública denominada de Guarda Fiscal que, um ano mais tarde, já contava com 4.179 homens para o Serviço Terrestre e 618 militares para o seu SERVIÇO MARÍTIMO1.
Desde 1886, com a Esquadrilha de Fiscalização da Costa composta por 5 canhoneiras, (a Tavira, a Açor, a Faro, a Tejo e a Lagos), até às recentes e sofisticadas LVI (Lancha de Vigilância e Intercepção) da Classe Ribamar, vários tipos e modelos de embarcações sulcaram as águas (e algumas ainda o fazem) ao serviço Guarda Fiscal.
Podem-se destacar, entre outras, uma embarcação propulsionada a remos de 1938 (a Ronda); uma Lancha de 1967, construída em madeira e com um motor de 120 hp (a Amareleja); uma Lancha de 1980, construída em fibra de vidro (a Rio Leça); nove Lanchas da Classe Riamar 700 de 1980 (a Santarém, a Montalvão, a Guarda, a Fontainhas, a Rio Douro, a Bom Sucesso, a Salréu, a Temível e a Dão) e a Classe Centenário, assim chamada por
ter sido entregue à Guarda Fiscal aquando do seu centenário em 1985 (a Centenário, a Nortenha e a Flecha Azul).

Major Taciano Correia

Artigo completo em:
http://www.gnr.pt/portal/internet/gabinete_imprensa/revista_gnr/edicoes/2004/n4/temaDeCapa/TemadeCapa.asp

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cabo da GF António Soares - nascido em 1894 - CMDT do Posto de Barqueiros

CABO ANTÓNIO SOARES
Fotógrafo: Augusto Baptista
António Soares






Nasceu a 9 de Julho de 1894, em Barcos, Tabuaço.
Cabo da Guarda Fiscal e comandante do posto de Barqueiros, Régua.
Viúvo, dez filhos – seis sobrevivos –, seis netos e seis bisnetos.
Vive com três filhas viúvas em Mesão Frio.











In:
20rostos2000anos.canalblog.com/.../05/index.html

Postos da GF da Praia do Palheirão e da Tocha

Na praia do Palheirão verifica-se a abertura de um Bar na antiga casa da Guarda Fiscal








Ao contrário, o antigo posto da Guarda Fiscal da Praia da Tocha está encerrado há anos e parece não atender as sugestões dos que propõem a abertura com outras valências. Este edifício forrado em lusalite é património de relevância distrital, obra da autoria do arquitecto Carlos Ramos, o mesmo dos edifícios primitivos do Hospital-Colónia Rovisco Pais.

In:setepartidas.blogs.sapo.pt/23313.html

Posto da GF de Leça da Palmeira foi demolido


Casa da Guarda Fiscal, em Leça da Palmeira, demolida
29-09-2009
A Casa da Guarda Fiscal, localizada junto à Marginal de Leça da Palmeira, foi hoje, dia 29 de Setembro, pelas 11h00, demolida, numa acção da autarquia que dá cumprimento ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC).

O Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, esteve presente nesta iniciativa, assim como outros membros do executivo municipal, nomeadamente, o Vereador da Cultura, Juventude e Voluntariado, Fernando Rocha e a Vereadora do Ambiente e Protecção Civil, Dra. Joana Felicio.

Foi mais uma acção da autarquia em cumprimento do POOC que, no Plano da Praia da Boa Nova/Azul, previa a demolição da Casa da Guarda Fiscal, dado esta localizar-se numa área de protecção costeira.

Antes da demolição, pelas 10h30, junto ao Bar Azul, também na Marginal de Leça, o Presidente da Câmara apresentou o Relatório desenvolvido da época balnear, e mostrou os quadros comparativos da qualidade da água balnear, desde 1997, bem como as ocorrências

in: www.cm-matosinhos.pt/PageGen.aspx?WMCM_Pagina...

Posto da GF de Paços - Melgaço à venda


Antigo posto da Guarda Fiscal desactivado. Arquitectura Estado Novo. Junto ao rio Minho. — Paços

"Curioso" e degradante este anúncio que o Picachouriços - GF encontrou na NET

Localização: Paços, Viana do Castelo, Portugal
Data de publicação: Setembro 16,2009.

Vendo antigo posto da Guarda Fiscal com 112m2 de área coberta, dentro de um terreno com 400m2. O edifício é um excelente exemplar de arquitectura do Estado Novo, o qual inclui o Escudo da Guarda Fiscal em granito e mastro da bandeira. Ideal para fim de semana, para amantes da natureza, para praticantes de desportos radicais de rio ou montanha, ou, simplesmente, para quem quer sossego e ar puro

Posto da Praia da Ingrina - guarda fiscais em momento de lazer


Posto da Guarda Fiscal na Praia da Ingrina


A Guarda Fiscal (GF) foi um corpo especial de tropas de Portugal, responsável pelo controlo fronteiriço e marítimo de pessoas e bens, pela prevenção de actos ilícitos e pela repressão de infracções e fraudes, sobretudo no âmbito fiscal e aduaneiro.

Na foto um grupo de Guardas Fiscais num momento de lazer, na praia da Ingrina , em Vila do Bispo, nos anos 70.

Apenas como curiosidade: o topónimo INGRINA é uma deturpação de ANGRINHA , isto é uma ANGRA ("pequena") ou seja uma pequena Baía.
Uma referência óbvia à reentrância da costa que dá forma à Praia.

in:viladobispo-fotosantigas.blogspot.com/2009_09...


A todos os Picachouriços, e em especial ao srº.J.M.Costa, esta foto é simplesmente a recordação do dia 14FEV85,no CIGF quando o Picachouriços J.M.Costa recebeu o 1º.prémio referente ao 1º.classificado no curso de Formação para Sargento Ajudante. J.M.Costa,ontem tomei a liberdade de lhe enviar para o seu Mail esta foto, mas não obtive qualquer resposta da sua parte, se quizer mais algumas informações de todo este passado,é só pedir.um abraço JR.

sábado, 3 de outubro de 2009

Documentário espanhol "Os Refugiados de Barrancos" sobre a acção do tenente Augusto Seixas, da Guarda Fiscal



Acabámos de receber o seguinte mail do presidente da « ASOCIACION PARA LA RECUPERACION DE LA MEMORIA HISTORICA DE EXTREMADURA»:
Caros amigos: Os comunicamos que el documental LOS REFUGIADOS DE BARRANCOS, se estrenará en TV, mañana miércoles (quarta feira), a las 22.35 horas (21.35 horas de Lisboa) en CANAL EXTREMADURA TV. También se emitirá on line por internet y por satélite (se puede ver si se tiene parabolica orientada al satélite ASTRA, es un canal de emisión libre, sin codificar).
Lo más comodo para vosotros, será verlo on line.
Con ello se adelanta así al acto institucional en el que se hará entrega de la Medalla de Extremadura, concedida por el Consejo de Gobierno de la JUNTA DE EXTREMADURA (gobierno autónomo de Extremadura) a la localidad de Barrancos y que tendrá lugar en el Teatro Romano de Mérida, la próxima semana (7.09.2009). Con este galardón se valora la labor humanitaria prestada colectivamente por el pueblo de Barrancos.
Como sabeis, “Los refugiados de Barrancos” narra cómo multitud de republicanos de pueblos extremeños fronterizos con Portugal decidieron huir de España ante el avance de las tropas golpistas del general Franco. En dicho documental colaboran la antropóloga Mª DULCE SIMOES, los historiadores FERNANDO ROSAS, FRANCISCO ESPINOSA y JOSÉ MARIA LAMA y lo periodista PAULO BARRIGA, además del neto del teniente Seixas.
Aunque el procedimiento habitual de las autoridades portuguesas era entregar a los exiliados a sus aliados franquistas, gracias a la intervención humanitaria del teniente de la guardia fiscal portugués Antonio Augusto de Seixas, se crearon junto a la localidad de Barrancos dos campos de refugiados para alojar y proteger a los republicanos españoles.
Saludos.José Manuel Corbacho Palacios. AbogadoPresidente de la ASOCIACION PARA LA RECUPERACION DE LA MEMORIA HISTORICA DE EXTREMADURA.
Sinopse: Setembro de 1936. Os últimos redutos republicanos situados junto à fronteira portuguesa são conquistados pelas tropas do General Franco. Tal como aconteceu em Badajoz e noutras povoações, a repressão desatada é brutal. O apoio do regime salazarista aos sublevados não aconselha a fuga a Portugal, mas, para muitos, esta é a única saída. Com efeito, centenas de pessoas decidem passar a fronteira, perseguidas, de perto, pelos militares revolucionários. O procedimento habitual das autoridades portuguesas é entregá-las aos franquistas, que as fuzilam sem demora. Porém, graças à humanitária intervenção do Comandante da Guarda Fiscal de Safara, Tenente António Augusto de Seixas, cria-se um campo de refugiados perto da localidade de Barrancos para alojar e proteger a este grupo de exilados espanhóis.

Tenente Seixas, O "Schindler"da Guarda Fiscal, Salvou Centenas de Vidas de Refugiados da Guerra Civil de Espanha





TENENTE SEIXAS



SALVA CENTENAS DE VIDAS DE REFUGIADOS ESPANHÓIS
no concelho de Barrancos, durante a Guerra de Espanha (1936)

Republicano, democrata, oficial da Guarda Fiscal, industrial, presidente da Câmara de Sines

António Augusto de Seixas Araújo nasceu em 1891, em Montalegre, e faleceu em 1958. Cedo adere às ideias republicanas. Organiza a defesa e combate a incursão monárquica de Sidónio Pais, às ordens do seu amigo general Ribeiro de Carvalho. É ferido no combate de S.Neutel, em Chaves.

Tomou parte no círculo político de Nicolau Mesquita, chefe democrata de Trás-os-Montes.

Faz carreira na Guarda Fiscal, em vários locais do País, do Minho ao Alentejo. Era perito em contencioso aduaneiro. Foi louvado diversas vezes: pela energia, zelo e dedicação na repressão do contrabando, acção material nos postos, impecáveis, com o mínimo de dispêndio para o Estado, e pela actuação moral que desenvolveu junto dos seus subordinados. Em 1935, torna-se cavaleiro da Ordem de Avis.

Nos anos conturbados de 1936 a 1939 da história de Espanha, quando o regime eleito democraticamente é derrubado por militares golpistas, com apoio dos partidos de direita, durante uma sangrenta guerra civil, e à medida que as tropas espanholas revoltosas da chamada Coluna da Morte de Yagüe progrediam de sul para norte ao longo da fronteira portuguesa, as populações das localidades ocupadas procuravam refúgio em Portugal, pondo-se a salvo de sevícias e execuções.

Perseguições de toda a ordem desenrolavam-se na zona fronteiriça. Muitos eram mortos antes de passar a fronteira, outros eram detidos pelas autoridades portugueses e deportados para os seus adversários, devido à colaboração do governo de Salazar com os insurrectos fascistas.

Neste contexto, a acção do Tenente Seixas foi ter evitado, em 1936, o massacre de grupos de refugiados espanhóis pelas mãos dos seus perseguidores, ou destes em conluio com alguns militares portugueses, e de ter organizado, mantido e ocultado um campo de refugiados com centenas de pessoas no lugar da Choça do Sardinheiro, concelho de Barrancos, evitando também que vários elementos constantes de “listas negras”, políticos e intelectuais republicanos espanhóis, fossem encaminhados para Badajoz, onde seriam fuzilados.

O Tenente Seixas da Guarda Fiscal era comandante daquela região de fronteira e as suas decisões de tolerância e humanidade para com os refugiados desagradavam aos comandos militares destacados para a zona e à polícia política PVDE/PIDE.

Mas a situação de um campo de refugiados clandestino só viria a ser descoberta, por discrepância em números, quando das operações de transferência para Tarragona de cerca de 1500 refugiados embarcados no navio Nyassa. Então, o Tenente Seixas, qual Schindler português, foi preso e demitido das suas funções.

Mais tarde, tornou-se industrial em Sines e viria a ser administrador deste concelho.

Apelo a todos os Guarda Fiscais


Venho por este meio convidar toda esta Grande Familia da Ex-Guarda Fiscal a meditarem um pouco para uma possivel concentração e convivio de todos nós. Contactem este Site e assim poderemos ter uma grande oportunidade de juntar esta que foi uma GRANDE FAMÍLIA. Seria muito bom que o Sr.Custódio Duarte nos facilitasse um contacto telefonico, pois sabemos que nem todos possuem este meio de comunicação. Obrigado Srº. Custódio.
José Jorge


Obs.

Já consta na página de apresentação um telefone de contacto.


Anualmente já existe um almoço de confraternização dos GF, que se realiza em data próxima do nosso padroeiro, São Mateus, 21 Setembro.

Olá José Jorge!



Olá José Jorge!Não sei quem você é, mas pelo que me apercebi é de 1963; eu era de 1962, fiz a recruta em Matosinhos (1.º Centro de Alistados).Fiz carreira em soldado nos postos de Beatas e Mociços Secç.Alandroal; Barradas Secç. Arronches. Depois vim para o Bat.1 e estive na Assenta Secç Ericeira; Arrábida e SAPEC, Secç.Setúbal. Como graduado Almagrave e Porto Covo da Secç. Sines; Figueira da Foz. Depois vim para Lisboa, onde passei por Bom Sucesso, Boa Vista, Santos, Fronteiras da Rocha e Alcântara, Fronteiras do Aeroporto de Lisboa, aqui como sargento; 1.ª Comp.ª, SFE na sede do Bat. em Alcântara, Comando da Secç. Emolum. Santa Apolónia, Centro de Instrução GF, e para terminar, tesoureiro do Comando-Geral. Não sei se o Jorge se cruzou comigo em algum destes lugares, mas pelo menos devemos ter estado ao serviço concomitantemente durante muito tempo.Temos muitas coisas de que nos recordamos com muita saudade, pelo menos as dos primeiros tempos em que ainda novos e cheios de aspirações desempenhavamos nossa missão com muito entusiasmo, para além dos lugares por onde passámos, recordando as boas gentes que, felizmente naquelas paragens nos acolheram sempre muito hospitaleiramente.É bom reviver, e presto homenagem aos organizadores dos almoços anuais que, com seu entusiasmo conseguem reunir numa grande confraternização colegas e camaradas que fizeram seus percurssos na nossa saudosa GUARDA FISCAL.Não pude comparecer este ano, mas sei que foi mais um grande êxito. Para o próximo ano já espero poder estar lá também...E é assim caro Jorge, a vida é uma roda que não pára, mas enquanto por cá estivermos, teremos de aproveitar da melhor forma tudo que possamos, e revivendo memórias passadas vividas é uma delas.Saúdo todos que por aqui passam, e convido a que deixem seus testemunhos também.J.M.Costa, SCh. Aposentado, com residência no Feijó. serico115@hotmail.com

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

POSTO GF ABANDONADO E CASA DOS GUARDAS DAS FERRARIAS -MOURÃO





Na realidade é muito triste quando deparamos com antigos postos da G.F,em avançado estado de degradação,quando me é possivel gosto de ir visitar postos onde eu prestei serviço,é uma saudade de quem amou a profissão de Guarda Fiscal e,agora ver antigos Postos aonde fomos felizes a cairem aos pedaços e cada vez mais degradados, seria de toda a justiça obrigar ao Comando Geral da GNR a reconstruir todo este patrimonio e dele fazer casas de veraneo para todos os Guardas Fiscais,pois muitos deles fomos nós que os construimos. Estas fotos são do Posto da G.Fiscal das Ferrarias na Secção de Mourão, com imagens das casas dos Guardas. Para todos os G.Fiscais, um Abraço de saudade desta grande Família.

José Jorge

Guarda Fiscal José Jorge Nº 5898/63



Quero começar por felicitar todas as pessoas que tiveram a brilhante ideia de fazer este trabalho para o não esquecimento da Nossa Inesquecível Guarda Fiscal.Devido ao avançado estado da hora, vou ficar hoje por aqui,mas assim que tiver tempo disponivel darei informações crediveis referente à nossa Ex-G.F. . Eu sou Ex-militar desta briosa ingressei em 21OUT63, no Centro de Instrução em Matosinhos ( Circunvalação).em anexo junto foto para anexar ao blooger. à! eu sou o Jorge e, o meu número era o 5898/63.Um abraço para todos/as

sábado, 8 de agosto de 2009

Soutelinho da Raia - Chaves - Posto da Guarda Fiscal Abandonado



Antigo Quartel da Guarda Fiscal, foi durante muito tempo ponto de controlo de entrada e saída de mercadorias para ambos os lados da fronteira... foi desactivado há vinte anos atrás, aí permanecendo um posto de rádio ainda em actividade. O Estado colococou-o à venda recentemente, não havendo compradores interessados. Seria útil que se recuperásse pois está bastante degradado.
in

Posto da Guarda Fiscal Abandonado em Casal do Vaso - Mogadouro - junto ao rio Douro

Vista do posto da GF






Tínhamos combinado um "raid" fotográfico à barragem. Contudo, o S. Pedro pregou-nos uma partida e resolveu (bem) mandar "chover a cântaros". De modo que acabámos por alterar o programa inicialmente previsto. Primeiro fomos até ao "Embarcadouro", onde pudemos constatar que há muito porco com duas patas. Há por ali lixo que dava para abrir uma central de reciclagem.
Depois de almoço, tentámos ir até à barragem. Mas só conseguimos chegar ao antigo Quartel da Guarda Fiscal, sito no "Casal do Vaso". O Rui Major resolveu levar o jipe mesmo até ao muro do recinto que rodeia o edifício. O problema foi para sair. Pensei que íamos ficar ali presos. O "berceio" não deixava ver nada, e não sabíamos se batíamos numa fraga ou nos espetávamos num buraco. Pode-se dizer que foi uma tarde plena de pura adrenalina. Bem regada por chuvadas intensas (e algumas minis)... Prevaleceu o sangue frio e a perícia do condutor, que nos tirou de lá sem problemas. Mesmo assim, como quem não quer a coisa, eu e o Ti Américo Rentes viemos para o exterior a pretexto de orientar o condutor (ai não...).
Fica para uma próxima oportunidade a descida até à barragem, que vale bem a pena. Todo o percurso é magnífico, e a paisagem reconcilia-nos com a vida. É um trilho fantástico, prenhe de beleza rude, único e marcante.
É uma pena que o Quartel esteja em estado de abandono, e que os proprietários não o recuperem. Ainda gostava de o ver como noutros tempos, descritos pelo Ti Evangelino e pelo Ti Rentes, que ali passaram muitos dias de serviço, na extinta Guarda Fiscal, e que quiseram lá ir para matar saudades.
Publicada por Antero Neto em 7.6.09 0 comentários Hiperligações para esta mensagem
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Antigos postos da Atalaia, Salema, Consolação e Burgau, dão nome a Lanchas de Vigilância e Intercepção











Lanchas de Vigilância e de Intercepção (LVI)

Características Principais
Comprimento 16,4 metrosBoca 4,23 metrosCalado ...................0,86 metrosMotorização ..............2 motores MTU 12V 183 TE93Potência .................2 X 1150HPPropulsão ................2 Hidrojactos de água Hamilton mod. 391Velocidade de cruzeiro ...25 nósDeslocamento leve 15,2 ...TonTripulação ...............6 homens

Todas possuem protecção balística e uma embarcação auxiliar para abordagens.
As Lanchas de Vigilância e de Intercepção (LVI) são de uma série de 12, pertencentes à Classe Ribamar, atribuídas ao Serviço Marítimo da Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana.

O Governo, atento às necessidades em incrementar a protecção e fiscalização da fronteira marítima portuguesa e da União Europeia, decidiu, através do lançamento do Concurso Público Internacional N.º 4/INT/97, de 2 de Setembro, dotar esta força de segurança de meios mais modernos e capazes de atingir este objectivo.
A Revista n.º 3 de 2001 noticiou, a propósito do 8.º aniversário da Brigada Fiscal, a Cerimónia do Baptismo, com referência às suas ilustres madrinhas, das 4 lanchas acima mencionadas.
O porquê da razão de ser da escolha destes nomes?
De facto com esta iniciativa a Brigada Fiscal pretende perpetuar a memória dos Postos da Guarda Fiscal que, através da acção diária e contínua dos seus efectivos, contribuíram de forma significativa para a manutenção da segurança pública e para a defesa dos superiores interesses da Fazenda Nacional. Seleccionaram-se alguns dos seus nomes para esta Classe de Lanchas.

O Posto Fiscal de ATALAIA
Foi criado por Decreto de 3 de Dezembro de 1891 do Ministério dos Negócios da Fazenda com a missão especial de cobrar imposto de pescado, ficando a depender organicamente da Secção de Peniche da 3ª Companhia do Batalhão n.º 1 da Guarda Fiscal, situação que manteve até à sua extinção.
O prédio foi cedido a título de empréstimo pela Direcção Geral da Fazenda Pública, nos termos do Art.º 6º e seguintes do Dec.-Lei 24498, de 13 de Setembro de 1934, sendo entregue oficialmente à Guarda Fiscal em 14 de Julho de 1960.
Situado no lugar da Atalaia, freguesia e concelho da Lourinhã, distrito de Lisboa, a cerca de 300 metros do mar, este local dominava uma extensa faixa de litoral, de aproximadamente 7 Km, entre a Foz da Areia Branca (confinando com a área do Posto de Paimogo) e a Lage Fria ( confinando com a área do Posto de Porto Dinheiro), limites norte e sul da respectiva zona de acção, permitindo cumprir a missão de vigilância com um efectivo mínimo de um 2º cabo e três soldados.
Foi desguarnecido em 9 de Junho de 1975, passando o edifício a servir de casa de veraneio dos Serviços Sociais da Guarda, estando a cargo da Brigada Territorial n.º 2 a gestão, controlo e conservação das instalações.
O último comandante de Posto foi o soldado n.º 1112/667173 - Salvador Pires Gomes.

O Posto Fiscal da CONSOLAÇÃO
Foi criado por Decreto de 3 de Dezembro de 1891 do Ministério dos Negócios da Fazenda com a missão especial de cobrar imposto de pescado, ficando a depender organicamente da Secção de Peniche da 3ª Companhia do Batalhão n.º 1 da Guarda Fiscal, situação que manteve até à sua extinção.
Segundo dados de 1961, o prédio foi adquirido, por compra directa, em 10 de Outubro de 1928, sendo dado ao Património em 1944, com o número 11, matriz 1007, inscrito no livro m/26.
Situado no lugar da Consolação, junto ao seu forte, freguesia da Autoguia da Baleia, concelho de Peniche, distrito de Leiria, a poucos metros do mar, este local dominava uma extensa faixa de litoral, de aproximadamente 8 Km, entre a praia da Lagoa (confinando com a área do Posto de Peniche) e a Ermida de Santo António (confinando com a área do Posto de Paimogo), limites norte e sul da respectiva zona de acção, a nascente abrangia uma área de 10 Km para o interior, permitindo cumprir a missão de vigilância com um efectivo mínimo de um 2º cabo e dois soldados.
Foi desguarnecido em 9 de Junho de 1975, passando o edifício a servir de casa de veraneio dos Serviços Sociais da Guarda.
O último comandante de Posto foi o cabo n.º 875/73 - António Tomaz.

O Posto Fiscal do BURGAU
Foi criado em 22 de Novembro de 1949, com a missão especial de cobrar imposto de pescado, ficando a depender organicamente da Secção Fiscal de Lagos, da 4ª Companhia do Batalhão n.º 2 da Guarda Fiscal, situação que manteve até à sua extinção.
O prédio foi cedido pela Direcção Geral da Fazenda Pública ao Comando Geral da Guarda Fiscal pelo Auto de Cessão, da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, do Ministério das Obras Públicas, naquela data.
Situado num pequeno forte, no lugar de Burgau, freguesia do mesmo nome, concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro. Era sobranceiro a uma curta praia, com algumas características de abrigo natural, por se encontrar entre profundas arribas rochosas, este local dominava uma extensa faixa de litoral, de aproximadamente 5 Km, entre o Cerro dos Touros a Este (confinando com a área do Posto Fiscal da Luz) e a Fortaleza da Boca do Rio, a Oeste (confinando com a área do Posto de Salema), a Norte abrangia uma área de 5 Km para o interior, permitindo cumprir a missão de vigilância com um efectivo de um cabo e quatro soldados.
Há semelhança da maioria dos Postos Fiscais da costa algarvia, a sua importância era reforçada pelo facto da linha de navegação das embarcações comerciais ser bastante próxima da costa, o que possibilitava excelentes condições para a prática de contrabando. Por nele estar instalado um farolete, desempenhou ainda um papel importante no apoio à navegação costeira, em especial às embarcações de pesca local.
Foi desguarnecido em 25 de Julho de 1990, através de Despacho do Comandante do Batalhão n.º 2, passando o edifício a servir de base de apoio à actividade operacional.
O último comandante de Posto foi o cabo n.º 696/846197- José Joaquim Venâncio Casinhas.

O Posto Fiscal da SALEMA
Há memória da existência deste Posto a partir de 1919, tendo sido seu primeiro Comandante o 2º cabo Daniel Azeredo. No entanto, só em 20 de Fevereiro de 1956, terá sido legalmente instituído, com a missão especial de cobrar imposto de pescado, ficando a depender organicamente da Secção de Lagos da 4ª Companhia do Batalhão n.º 2 da Guarda Fiscal, situação que manteve até à sua extinção.
Por despacho do Subsecretário de Estado do tesouro, de 1 de Dezembro de 1955, a Direcção da Fazenda Pública, adquiriu a José Joaquim Xavier, em 13 de Dezembro de 1955, um terreno com a finalidade de ali instalar um Posto Fiscal, que, cerca de três anos depois, veio a ser inaugurado, em 1 de Maio de 1959, como Posto Fiscal da Salema.
Situado no lugar de SALEMA, freguesia de Budens, concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro, o Posto da Salema dominava uma área costeira compreendida entre a Fortaleza da Boca do Rio, a Este (confinando com a área do Posto de Burgau), e a Praia das Furnas, a Oeste (confinando com a área do Posto de Zavial), limites da respectiva zona de acção; a Norte abrangia uma área de 6 Km para o interior, permitindo cumprir a missão de vigilância com um efectivo de um cabo e seis soldados.
Foi desguarnecido em 25 de Julho de 90, através de Despacho do Comandante do Batalhão n.º 2 passando o edifício a servir base de apoio à actividade operacional.
O último comandante de Posto foi o cabo n.º 696064 - Joaquim Augusto Simões.
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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Zona de Castro Marim - Antigo posto da Guarda Fiscal recuperado para casa abrigo



Descrição:
Antiga casa da Guarda-Fiscal localizada no Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM), constituída por:- casa principal com sala, hall, cozinha, 2 quartos (1 com casa de banho privativa), 1 casa de banho. Capacidade máxima para 4 ocupantes.- anexo com 1 quarto e casa de banho; capacidade máxima para 2 ocupantes.- anexo com 1 quarto e casa de banho; capacidade máxima para 2 ocupantes.- uma sala para tratamento de roupas.
Capacidade total para 8 ocupantes. A casa e os anexos podem ser alugados separadamente.
Dispõe de mobiliário e equipamento de cozinha.Dispõe de água e electricidade

Cais Sodré Lisboa - Antigo Posto da Guarda Fiscal


O Posto da Guarda Fiscal do Cais Sodré, Lisboa, foi construído em 1904, sendo totalmente de madeira. Era um ex-libris da cidade e da GF. Manteve-se em estado razoável de conservação e guarnecido até 1993, ano da extinção da Guarda Fiscal. Com a integração na GNR foi desguarnecido e deixado ao abandono. Frequentado por toxicodependentes acabou por arder totalmente pouco tempo depois. Uma perda para a cidade e para o património da Ex-Guarda Fiscal que a GNR prometeu cuidar mas que tem delapidado irresponsavelmente.
O Presidente da Câmara Municipal, João Soares, autorizou a construção de um bar no mesmo local, também em madeira, e que apresenta algumas semelhanças com o antigo posto - o bar Guarda Rio.

Restaurant Marisqueira ‘Guarda Rio’ Cais do Sodré: fresh seafood, beautiful river views & smugglers
Restaurant Marisqueira ‘Guarda Rio’, (Antigo Pavilhão da Guarda Fiscal, a former observation point overlooking the river Tagus) is located just near Cais do Sodré, Lisbon’s major bus, metro, train station and ferry terminal. The marisqueira (seafood in Portuguese) is unfailingly fresh, the waiters are very friendly.




The very old wooden building of the restaurant has a long history. It was built in 1904, used by the Fiscal Guards (Guarda Fiscal) as an observation post to watch the ‘contrabando’ (smugglers) who arrived by boat from overseas.




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Ilha Terceira - Praia da Victória - Quartel da Guarda Fiscal de Santa Cruz



DESCRIÇÃO: Edifício urbano de gaveto, de planta rectangular, com dois pisos, construído em alvenaria de pedra rebocada e caiada à excepção do soco, dos cunhais, da cornija e das molduras dos vãos que são em cantaria pintada.Os cunhais vão estreitando de baixo para cima. As janelas são de dois batentes e bandeira, com caixilharia e portadas em madeira. Na fachada principal os vãos têm vergas curvas enquanto na fachada lateral direita as vergas dos vãos são rectas, sendo os vãos do piso superior janelas de sacada com guardas em madeira. A cobertura é de quatro águas, em telha de meia-cana tradicional, rematada por duplo beirado.No eixo de simetria da fachada principal existem duas pedras em alto relevo, uma com um brasão com as armas nacionais e outra com a inscrição "POSTO DE / DESPACHO". Ao eixo da fachada lateral direita existe uma cartela com a inscrição "REEDIFICADO / EM 1844 / PELO G CIVIL / JOSÉ SILVESTRE / RIBEIRO".
ELEMENTOS DATADOS: Inscrição numa cartela na fachada lateral direita: "1844".
ESTADO DE CONSERVAÇÃO: Razoável
FUNÇÃO INICIAL: Habitação
FUNÇÃO ACTUAL: Posto da Guarda Nacional Republicana
BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA: Freguesias da Praia, Pedro de Merelim, Vol.II, Direcção Regional de Orientação Pedagógica, Angra do Heroísmo, 1983; Ficha 19-E do "Inventário do Património Histórico e Religioso para o Plano Director Municipal da Praia da Vitória

Cacilhas - Posto da Guarda Fiscal de Olho de Boi - desactivado


Quartel da antiga Guarda Fiscal no Olho de Boi, já obsoleto, uma vez que todo o movimento maritimo terminou naquelas bandas e não tem já razão de existir


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Ribamar - Ericeira - Forte de Ribamar - Posto desactivado da Guarda Fiscal é usado como casa de repouso e veraneio


Coimbra - Lapa dos Esteios junto ao Mondego - Quartel da Guarda Fiscal

http://passearporcoimbra.blogspot.com/2006/03/photo-sharing_114227126525776322.html

Porto - Castelo do Queijo - Serviu de quartel à Guarda Fiscal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_São_Francisco_Xavier_do_Queijo

Portela do Homem - Quartel da Guarda Fiscal

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http://www.serra-do-geres.com/ja_estive_aqui_ficheiros/torneiros_a_banheira/torneiros.htm

Barrancos e o Contrabando


Histórias de contrabando para lá de qualquer fronteira

O contrabando, enquanto actividade ilícita aos olhos dos poderes instituídos, é um fenómeno milenar. No entanto, o pequeno contrabando teve nestas terras raianas um papel fundamental na coesão das comunidades e na melhoria das condições de vida destas populações.Miguel Rego
O Concelho de Barrancos é uma região de fronteira. A Norte toca a Extremadura. A Leste e a Sul a Andaluzia, regiões da vizinha Espanha. E esta especificidade de terra raiana assume um maior significado se pensarmos que é também aqui que passa o limite entre o Alto e o Baixo Alentejo. Esta realidade e o facto do concelho assentar as suas origens em povoadores vindos do país vizinho, representa indiscutivelmente um fenómeno indispensável para compreender a história recente destas terras e, em particular, alguns episódios importantes que têm a Herdade da Coitadinha como palco.
O contrabando, enquanto actividade ilícita aos olhos dos poderes instituídos, é um fenómeno milenar. Tem a idade das fronteiras políticas e administrativas, e foi desde as suas origens um elemento importante para o desenvolvimento económico de algumas micro-estruturas sociais e humanas. Assim como um factor de criação de novos pretextos para o reforço do poder militar de alguns pequenos (e grandes) senhores, em períodos históricos mais recuados. Mas o conceito de contrabando, de pequeno contrabando, tem nestas terras raianas um papel fundamental na coesão das comunidades e na melhoria das condições de vida destas populações. De comunidades que têm a ligá-las muitas vezes profundas raízes familiares.
O fenómeno generalizado de contrabando tem aqui início com a guerra civil de Espanha (1936-1939). O país vizinho passa por um período terrível, cujas feridas vão durar muitos anos a sarar. Saído dum esforço de guerra terrífico que esvaziou os cofres do Estado, vê toda a sua máquina económica e financeira muito debilitada. Entretanto, o início da II Guerra Mundial vem aprofundar ainda mais as dificuldades que invadem a Península Ibérica e, em particular, a Espanha. Nestas regiões mais de interior, faltam os bens essenciais como a farinha, o arroz, o azeite, o açúcar… Na falta de dinheiro a procura dos meios de subsistência promove a troca directa e, ainda antes do grande período em que o café é o produto mais importante para o “comércio de fronteira”, todos os produtos complementam as necessidades de umas e outras populações.
Da zona de Oliva de la Frontera, chegavam sardinhas e laranjas a estas terras da Coitadinha e levavam-se ovos… Outras vezes chegavam alhos ou outros produtos hortícolas em troca de meia dúzia de gramas de café ou açúcar.
De Zafra, Valencita (Valência del Mombuey), Fregenal de la Sierra ou Oliva de la Frontera, nos períodos de pós-guerra, chegavam gentes à procura de uma maior abundância de bens que escasseavam do lado de lá. Mas também os tempos da guerra aqui se faziam sentir e, os produtos racionados, dificultavam as trocas que se queriam céleres para bem das duas comunidades. Levava-se arroz, farinha, açúcar, café… acima de tudo produtos de primeira necessidade. Traziam-se, entre outros, licores, alparcatas, vestuário de senhora, lingerie…
O fim da II Guerra Mundial e a recuperação económica que do lado de Espanha se começava a fazer sentir vem alterar, profundamente, as relações sociais e económicas das populações de fronteira e modificar o tipo de produtos que então se trocavam. É nesta altura que o café, oriundo dos países africanos colonizados por Portugal e de preços extraordinariamente mais baixos, assume um papel fundamental nos passos dos contrabandistas. Primeiro o pequeno contrabandista que leva uma carga de café para trazer bens de primeira necessidade para a sua família. Depois algumas fazendas, o enxoval dos filhos ou algumas coisas para a casa… Começam então a aparecerem os grandes “comerciantes” que contratavam grupos de dez, vinte, trinta, às vezes sessenta homens, para irem “ao outro lado” com café. Cada um levava em média 25 quilos e as viagens duravam, às vezes, duas, três, quatro noites e cada homem ganhava o mesmo numa noite que durante uma semana nos trabalhos do campo.
É um contrabando de subsistência que ajudava a enganar os tempos de miséria e privações que marcavam os anos cinquenta, sessenta e setenta. Mesmo sem dinheiro, aqueles que se dedicavam ao contrabando do café encontravam sempre um comerciante que lhes fiava as cargas. Homens, ou mulheres, que depois do trabalho na mina ou no campo iam enganando a noite levando uma carga de café a Encinasola, Oliva ou Valencita.
O território da Coitadinha assume então uma função ainda mais importante neste comércio dada a sua proximidade a algumas povoações espanholas. Menos de 10 quilómetros a Oliva e Valencita. Pouco mais de vinte a Fregenal e Jerez. Paralelamente, é uma zona onde os vales da ribeira do Ardila funcionam quase como via de inter-penetração e movimentação dos grupos de homens que se aventuravam, noite fora, com a mochila às costas. A fraca densidade populacional da zona ajudava na passagem clandestina que tão necessária era para levar a encomenda a bom porto.
Talvez por isso a Guarda-fiscal instala um dos seus postos mais importantes nas “Russianas”, limitando desta forma os caminhos e os destinos dos contrabandistas que procuravam uma sorte diferente carregando café. Uma carga que, mais não seja, trocada por pesetas dava para “fazer” as festas e romarias do outro lado da fronteira.
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São Martinho do Porto - Posto da Guarda Fiscal


Soito anos 60 - emigrantes a "salto"



Emigrantes do Soito «a salto» presos em Espanha
Sexta-feira, 19 Setembro, 2008 in Espanha, Memória, Memórias..., Sabugal, Soito Tags: , , , , , by jclages
Na década de 60 um grupo de emigrantes do Soito que tentavam ir «a salto» para França ficaram presos em Espanha.
As condições económicas e sociais no Portugal dos anos 60 (salários de miséria, Guerra Colonial, agricultura de subsistência), levaram à emigração (quase sempre ilegal) de mais de 60 por cento da população do concelho do Sabugal. Chamava-se a isso passar a fronteira «a salto», isto é, sem passaporte que aliás, era recusado pelo regime da época a quase todos o que o requisitavam.Havia os «índios» e os «passadores». Os «índios» eram os que tentavam emigrar e os «passadores», os que ajudavam, a troco de uma remuneração, os outros a passar.Em Portugal, a PIDE perseguia os candidatos à emigração «a salto». Quando algum era apanhado tinha cometido o crime de emigração ilegal. O que o tinha ajudado, a troco de algum dinheiro, era acusado de cometer o crime de engajamento.Na fotografia podemos ver um grupo de emigrantes, naturais do Soito, que pretendiam emigrar para França, no início dos anos 60.Perseguidos pela Guardia Civil, em terras de Espanha, os presentes na imagem, foram presos e levados para um calabouço, onde um agente policial tirou esta fotografia que, mais tarde, ofereceu a um dos emigrantes.Os que estão com a boina são os «passadores», neste caso espanhóis. Os restantes são todos do Soito.Desta vez não conseguiram os seus intentos. Todos eles tentaram outra vez e conseguiram.João Aristides Duarte


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Vila Verde da Raia - Chaves - Fronteira - Quartel da Guarda Fiscal: abandonado


Barreiras de Benfica - Posto de Controlo da Guarda Fiscal nas Portas de Lisboa


Os Castelinhos das Portas de Benfica: no cruzamento da solidariedade.

Os dois edifícios situados nas portas de Benfica, mais conhecidos por castelhinhos passaram de uma actividade de Posto fronteiriço da Guarda Fiscal para um edifício onde se cruzam um centro de solidariedade, uma associação de imigrantes São Tomé e Príncipe e a Orquestra Ligeira de Benfica que tem aí sua sede. Vidas que se juntam num cruzamento emblemático da entrada de Lisboa numa das extremidades da Estrada de Benfica na freguesia de Benfica. Estão no limite do concelho de Lisboa e servem de entrada para o concelho da Amadora.
No século XIX existiam 26 portas de entrada para a cidade de Lisboa, sendo as de Benfica uma delas, assinalando neste ponto o limite fiscal da capital. Em 1892 cessou a sua actividade. Estes dois edifícios, apesar do abandono a que foram votados foram dos poucos a resistir à forte urbanização. Edificados em 1886 são actualmente propriedade do Ministério das Finanças e encontravam-se em estado de degradação avançada quando se iniciaram em Dezembro de 1996 as obras de recuperação dos dois edifícios cujas respectivas torres representam um símbolo ímpar.
No edifício norte o Centro de Informação “Em Cada Rosto Igualdade”, inicialmente a cargo da Organização Internacional para as Migrações, está actualmente a cargo da Junta de Freguesia de Benfica. A coordenadora do Centro (ECRI), Célia Palos, falou-nos da importância deste centro no acompanhamento aos cidadãos estrangeiros. Trata-se de uma nova dinâmica que a Junta de Freguesia de Benfica pretendeu estabelecer numa zona de passagem entre a Amadora e a entrada de Lisboa. Foi isso mesmo que fez questão de deixar claro em entrevista a Coordenadora deste centro do Pelouro de Acção Social de Benfica: Célia Palos, Coordenadora do Centro ECRI
Como foi referido por Célia Palos a zona envolvente aos dois edifícios vai sofrer modificações importantes uma vez que está projectada para a área uma rotunda fazendo a ligação entre o nó da Buraca e o IC17. Os dois edifícios, considerados monumentos nacionais, vão assim manter-se intactos e continuar a fazer parte da história dos monumentos da cidade. Na página da Estradas de Portugal -Traçado da Cril fica demonstrado que as Portas de Benfica começaram já a sofrer alterações importantes mantendo-se , no entanto, os dois edíficios no centro da rotunda que esta projectada para a zona. Dois edifícios com vidas e histórias por dentro que vão continuar no activo apesar das transformações previstas.

O projecto de rotunda nas Portas de Benfica mantendo os dois edifícios no centro.

Os Castelinhos das Portas de Benfica: no cruzamento da solidariedade.

Os dois edifícios situados nas portas de Benfica, mais conhecidos por castelhinhos passaram de uma actividade de Posto fronteiriço da Guarda Fiscal para um edifício onde se cruzam um centro de solidariedade, uma associação de imigrantes São Tomé e Príncipe e a Orquestra Ligeira de Benfica que tem aí sua sede. Vidas que se juntam num cruzamento emblemático da entrada de Lisboa numa das extremidades da Estrada de Benfica na freguesia de Benfica. Estão no limite do concelho de Lisboa e servem de entrada para o concelho da Amadora.
No século XIX existiam 26 portas de entrada para a cidade de Lisboa, sendo as de Benfica uma delas, assinalando neste ponto o limite fiscal da capital. Em 1892 cessou a sua actividade. Estes dois edifícios, apesar do abandono a que foram votados foram dos poucos a resistir à forte urbanização. Edificados em 1886 são actualmente propriedade do Ministério das Finanças e encontravam-se em estado de degradação avançada quando se iniciaram em Dezembro de 1996 as obras de recuperação dos dois edifícios cujas respectivas torres representam um símbolo ímpar.
No edifício norte o Centro de Informação “Em Cada Rosto Igualdade”, inicialmente a cargo da Organização Internacional para as Migrações, está actualmente a cargo da Junta de Freguesia de Benfica. A coordenadora do Centro (ECRI), Célia Palos, falou-nos da importância deste centro no acompanhamento aos cidadãos estrangeiros. Trata-se de uma nova dinâmica que a Junta de Freguesia de Benfica pretendeu estabelecer numa zona de passagem entre a Amadora e a entrada de Lisboa. Foi isso mesmo que fez questão de deixar claro em entrevista a Coordenadora deste centro do Pelouro de Acção Social de Benfica: Célia Palos, Coordenadora do Centro ECRI
Como foi referido por Célia Palos a zona envolvente aos dois edifícios vai sofrer modificações importantes uma vez que está projectada para a área uma rotunda fazendo a ligação entre o nó da Buraca e o IC17. Os dois edifícios, considerados monumentos nacionais, vão assim manter-se intactos e continuar a fazer parte da história dos monumentos da cidade. Na página da Estradas de Portugal -Traçado da Cril fica demonstrado que as Portas de Benfica começaram já a sofrer alterações importantes mantendo-se , no entanto, os dois edíficios no centro da rotunda que esta projectada para a zona. Dois edifícios com vidas e histórias por dentro que vão continuar no activo apesar das transformações previstas.