sábado, 25 de junho de 2011
Posto da Guarda Fiscal da Assenta - Abandonado
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Posto da Guarda Fiscal de Monte Gordo - Abandonado
terça-feira, 7 de junho de 2011
Guardas Fiscais com Busto da República - 1927
Mais uma excelente foto do espólio do Tenente Seixas (sentado ao lado do busto da República, lado esquerdo) enviada pelo seu neto Eliseu Seixas Aguiar.
O grupo de guarda fiscais pousa junto ao convento de Freixo de Espada à Cinta, no dia 31 Janeiro de 1927. Tratou-se, evidentemente, da comemoração da Revolta Republicana do Porto que se deu a 31 de Janeiro de 1891.
Como sabemos, pelo menos uma companhias da Guarda Fiscal do Porto lutou ao lado dos revoltosos republicanos. A revolta fracassou devido à acção da Guarda Municipal do Porto ( antecessora directa da Guarda Nacional Republicana). Os ventos da História.
"(...)O capitão Leitão, que acompanhava os revoltosos e esperava convencer a guarda a juntar-se-lhes, viu-se ultrapassado pelos acontecimentos. Em resposta a dois tiros que se crê terem partido da multidão, a Guarda solta uma cerrada descarga de fuzilaria vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. A multidão civil entrou em debandada, e com ela alguns soldados.
Os mais bravos tentaram ainda resistir. Cerca de trezentos barricaram-se na Câmara Municipal, mas por fim, a Guarda, ajudada por artilharia da serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de Infantaria 18, força-os à rendição, às dez da manhã. Terão sido mortos 12 revoltosos e feridos 40. (...)A reacção oficial seria como de esperar, implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios, ao largo de Leixões: o paquete Moçambique, o transporte Índia e a corveta Bartolomeu Dias . Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de degredo em África cerca de duzentas e cinquenta pessoas (...)" in
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_31_de_janeiro_de_1891
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Histórias da Vida Fiscal - Uma "Romaria"...
Vou lembrar mais uma das minhas vivências na Secção da Zebreira que
comandei de 1969/72.
O contrabando por aquelas bandas era muito pobrezinho -
travessas, pratos e copos de pyrex, chocolates, bebidas, roupas, c aramelos
,café - mas a Missão dos que vigiavam aquelas terras inóspitas era
precisamente evitar a entrada no País desses artigos por lugares não
habilitados ou seja " a salto " nas costas do GF.
Era imperioso "mostrar serviço" face aos constantes lembretes dos
Comandos Superiores e até havia uma espécie de desafio e avidez de ver
muitas vezes o número e valor das apreensões mencionadas na Ordem do
Batalhão.
Assim lá íamos fazendo pela vida e dando nas vistas. Era sempre uma
festa quando aparecia qualquer carregamento porque estava ali o fruto
do trabalho árduo dos nossos homens.
Os artigos apreendidos eram então levados para a Secção, devidamente
relacionados dando-se posteriormente conhecimento á Alfândega para que
esta procedesse à autorização de venda em hasta pública ( leilão ).
Quando avultadas a Alfândega chamava a si tal tarefa.
Vinha depois a feitura do edital colocado em lugares estratégicos
indicando o dia e hora, normalmente uma vez por mês e sempre Domingos
à tarde para maior participação dos interessados.
Recordo com saudade aquela " romaria " de pessoas da terra e de muitas
localidades vizinhas que marcavam presença no intuito de levarem mais
em conta alguma coisa para casa.
Chegámos a demorar tardes inteiras para terminar os leilões porquanto,
a pedido dos presentes - e eu dava o jeito - os mesmos eram feitos em
lotes pequenos e deste modo mais acessíveis à bolsa de cada um.
Curioso era sabermos que muitos dos que estavam presentes eram os
donos dos artigos apreendidos, daí quererem recuperar o perdido. De
salientar também que este contrabando era normalmente " com arguido
desconhecido " por não haver lugar a detenção. Os contrabandistas
tinham por hábito abandonar a mercadoria ao pressentirem a presença
dos Guardas.
Aqui fica mais um desfiar de recordações , parte integrante dum
palmarés que jamais poderemos esquecer
Luis Infante
Por casualidade, encontrámos o DL de 1923 que cria a Secção de Zebreira do Bat. 2 da GF, substituindo a Secção de Segura. A mudança deu-se, fundamentalmente, por não existirem em Segura as comunicações telegráficas necessárias ao bom funcionamento do serviço da GF.
Vide link abaixo:
http://www.dre.pt/pdf1s%5C1923%5C02%5C03900%5C02390239.pdf