sábado, 25 de junho de 2011

Posto da Guarda Fiscal da Assenta - Abandonado

O Posto Fiscal da Assenta (Secção da Ericeira) tem uma vista magnífica de mar e encontra-se a escassos metros do porto de pesca e praia da assenta.




Estas fotos foram-nos enviadas, há já bastante tempo, por uma jovem, residente na Assenta, estudante de um curso superior de turismo e que procurava aproveitar as instalações para um posto de turismo e de interpretação do porto de pesca. Não deve ter conseguido os seus intentos, pois segundo informação recente o posto continua ao abandono e a até a pedra com a identificação da GF ( a célebre rosa-dos-ventos) já foi retirada/"desviada" da parede.




A nossa pergunta é sempre igual: não tinham obrigação os SS da GNR de ter cuidado deste posto ( com a nova autoestrada fica a cerca de 30 minutos de Lisboa) e fazer dele uma bela casa de veraneio/repouso?



























































quarta-feira, 22 de junho de 2011

Posto da Guarda Fiscal de Monte Gordo - Abandonado





O camarada Emílio Moitas enviou-nos estas fotos do Posto da GF de Monto Gordo. São datadas de 2010 estando o posto ao abandono. Como se pode ver numa das fotos, até já tentaram retirar/furtar a pedra com as insígnias da GF e identificação do posto.






Será que numa zona balnear de excelência, e com os milhões de contos que os Serviços Sociais da GNR ficaram provenientes dos SS da GF, este posto não deveria estar devidamente cuidado e equipado para servir de casa de repouso/veraneio aos sócios dos SS e familiares?



terça-feira, 7 de junho de 2011

Guardas Fiscais com Busto da República - 1927







Mais uma excelente foto do espólio do Tenente Seixas (sentado ao lado do busto da República, lado esquerdo) enviada pelo seu neto Eliseu Seixas Aguiar.

O grupo de guarda fiscais pousa junto ao convento de Freixo de Espada à Cinta, no dia 31 Janeiro de 1927. Tratou-se, evidentemente, da comemoração da Revolta Republicana do Porto que se deu a 31 de Janeiro de 1891.

Como sabemos, pelo menos uma companhias da Guarda Fiscal do Porto lutou ao lado dos revoltosos republicanos. A revolta fracassou devido à acção da Guarda Municipal do Porto ( antecessora directa da Guarda Nacional Republicana). Os ventos da História.

"(...)O capitão Leitão, que acompanhava os revoltosos e esperava convencer a guarda a juntar-se-lhes, viu-se ultrapassado pelos acontecimentos. Em resposta a dois tiros que se crê terem partido da multidão, a Guarda solta uma cerrada descarga de fuzilaria vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. A multidão civil entrou em debandada, e com ela alguns soldados.

Os mais bravos tentaram ainda resistir. Cerca de trezentos barricaram-se na Câmara Municipal, mas por fim, a Guarda, ajudada por artilharia da serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de Infantaria 18, força-os à rendição, às dez da manhã. Terão sido mortos 12 revoltosos e feridos 40. (...)A reacção oficial seria como de esperar, implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios, ao largo de Leixões: o paquete Moçambique, o transporte Índia e a corveta Bartolomeu Dias . Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de degredo em África cerca de duzentas e cinquenta pessoas (...)" in

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_31_de_janeiro_de_1891

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Histórias da Vida Fiscal - Uma "Romaria"...


Vou lembrar mais uma das minhas vivências na Secção da Zebreira que
comandei de 1969/72.
O contrabando por aquelas bandas era muito pobrezinho -
travessas, pratos e copos de pyrex, chocolates, bebidas, roupas, c aramelos
,café - mas a Missão dos que vigiavam aquelas terras inóspitas era
precisamente evitar a entrada no País desses artigos por lugares não
habilitados ou seja " a salto " nas costas do GF.
Era imperioso "mostrar serviço" face aos constantes lembretes dos
Comandos Superiores e até havia uma espécie de desafio e avidez de ver
muitas vezes o número e valor das apreensões mencionadas na Ordem do
Batalhão.
Assim lá íamos fazendo pela vida e dando nas vistas. Era sempre uma
festa quando aparecia qualquer carregamento porque estava ali o fruto
do trabalho árduo dos nossos homens.
Os artigos apreendidos eram então levados para a Secção, devidamente
relacionados dando-se posteriormente conhecimento á Alfândega para que
esta procedesse à autorização de venda em hasta pública ( leilão ).
Quando avultadas a Alfândega chamava a si tal tarefa.
Vinha depois a feitura do edital colocado em lugares estratégicos
indicando o dia e hora, normalmente uma vez por mês e sempre Domingos
à tarde para maior participação dos interessados.
Recordo com saudade aquela " romaria " de pessoas da terra e de muitas
localidades vizinhas que marcavam presença no intuito de levarem mais
em conta alguma coisa para casa.
Chegámos a demorar tardes inteiras para terminar os leilões porquanto,
a pedido dos presentes - e eu dava o jeito - os mesmos eram feitos em
lotes pequenos e deste modo mais acessíveis à bolsa de cada um.
Curioso era sabermos que muitos dos que estavam presentes eram os
donos dos artigos apreendidos, daí quererem recuperar o perdido. De
salientar também que este contrabando era normalmente " com arguido
desconhecido " por não haver lugar a detenção. Os contrabandistas
tinham por hábito abandonar a mercadoria ao pressentirem a presença
dos Guardas.
Aqui fica mais um desfiar de recordações , parte integrante dum
palmarés que jamais poderemos esquecer

Luis Infante




Por casualidade, encontrámos o DL de 1923 que cria a Secção de Zebreira do Bat. 2 da GF, substituindo a Secção de Segura. A mudança deu-se, fundamentalmente, por não existirem em Segura as comunicações telegráficas necessárias ao bom funcionamento do serviço da GF.







Vide link abaixo:
http://www.dre.pt/pdf1s%5C1923%5C02%5C03900%5C02390239.pdf