sábado, 13 de março de 2010

"ERNESTINA" de J. Rentes de Carvalho - reviva Trás-os-Montes dos anos 30 a 50 onde não faltam as vivências dos GFs.

Do nosso amigo Antero Neto, recebemos o e-mail, abaixo, sugerindo-nos a leitura do romance Ernestina (nome da mãe do autor e a quem dedica a obra), do galardoado escritor J. Rentes de Carvalho, pois pela sua leitura podemos recordar algumas das vivências ligadas ao serviço da Guarda Fiscal na raia terrestre.
Pela minha parte, penso tirar uns serões para me dedicar à leitura de Ernestina.

Em nome de todos os "picachouriços", agradeço ao Sr. Antero Neto esta preciosa informação.

Custódio Duarte.

"Caro gestor do blogue “picachouriços”, aproveito para lhe dar nota de um excelente livro que se intitula “Ernestina”, da autoria do meu conterrâneo e consagrado escritor J. Rentes de Carvalho. E esta nota vem a que propósito? Vem a propósito do facto de dois dos principais protagonistas do livro, o pai e o avô do narrador, serem guardas-fiscais. Nas páginas desta bela obra literária surgem descritas algumas vivências da saudosa Guarda-Fiscal, que certamente interessarão aos mais atentos.
Continuem o bom trabalho
Cumprimentos
Antero Neto
"

JUNTAMOS TEXTO SOBRE A OBRA E BIOGRAFIA DO ESCRITOR


Trás-os-Montes segundo J.Rentes de Carvalho

«Ernestina», de J.Rentes de Carvalho, editado pela Quetzal, é um convite para conhecer Trás-os-Montes. O livro foi um fenómeno editorial na Holanda.

«Ernestina» é mais do que um romance autobiográfico ou um volume de memórias de famílias ficcionadas. É um fresco de Trás-os-Montes, dos anos 1930 aos anos 1950, um romance que transcende o relato regionalista e que transpôs fronteiras, transformando-se num fenómeno editorial na Holanda.

Ernestina é também o nome da mãe do autor e da intrépida protagonista deste livro. Sobre ela J.Rentes de Carvalho disse: «Mãe de um só filho, a sua vida, que foi uma de tristeza, amargura e terrível solidão, dava um livro. Escrevi-lho eu. E a sua morte quebra o último elo carnal que me ligava à terra onde nasci. Felizmente são ainda muitos os laços que a ela me prendem»

http://colmeia.forumeiros.com/letras-f27/j-rentes-de-carvalho-t1088.htm


Mais informações consulte o site de J. Rentes de Carvalho http://www.jrentesdecarvalho.com/port/index.htm









BIOGRAFIA DE J. RENTES de CAEVALHO



J. Rentes de Carvalho (1930), de ascendência transmontana, nasceu em
Vila Nova de Gaia, tendo vivido aí até 1945. Frequentou no Porto o liceu
Alexandre Herculano, e mais tarde os liceus de Viana do Castelo e Vila
Real. Fez o serviço militar em Lisboa, onde simultaneamente frequentou os
cursos de Românicas e Direito. Obrigado por razões políticas a abandonar
Portugal, viveu no Rio de Janeiro, em São Paulo, New York e Paris, tendo
nessas cidades trabalhado para os jornais O Correio Paulistano, O Estado
de São Paulo, O Globo e a revista O Cruzeiro.
Em 1956 passou a viver em Amsterdam, na Holanda, para onde foi como
assessor do adido comercial da embaixada do Brasil. Licenciou-se na
Universidade de Amsterdam com uma tese sobre O povo na obra de Raul Brandão. Nessa univers
dade foi docente de Literatura Portuguesa desde 1964 até 1988. Desde então dedica-se principalm
ente à continuação da sua obra literária.

A sua bibliografia inclui um vasto número de colaborações em revistas, publicações culturais
e jornais portugueses, brasileiros, belgas e holandeses, dentre os quais se citam, além dos atrás
mencionados: Diário Popular, Expresso, Jornal de Letras (Lisboa); O Primeiro de Janeiro e Letras
& Letras (Porto); o diário de Bruxelas Le Soir e Ons Erfdeel (Bélgica); de Volkskrant (de 1989 a
2001); NRC-Handelsblad (de 1991 a 2000); Algemeen Dagblad; os semanários Vrij Nederland e
Elsevier; as revistas literárias Maatstaf, Literair Paspoort, Nieuw Foundland, De Gids, Atlas, etc.

É colaborador permanente da revista Periférica (http://www.periferica.org/).

Contos, ensaios e outros textos seus fazem parte de diversas antologias literárias e escolares
portuguesas e holandesas, destacando-se entre elas: Seara Hoje, Porto Editora, 1975; A Hora-2,
Porto Editora, 1977; Meesters der Portugese Vertelkunst, editora Meulenhoff, Amsterdam, 1970;
26 Nieuwe verhalen, editora De Arbeiderspers, Amsterdam, 1984; 28 Nieuwe Verhalen,
De Arbeiderspers, 1987; Hotel in Holland, editora Balans, Amsterdam, 1987; Goed gebundeld,
Meulenhoff, 1988; Ik herinner mij, De Arbeiderspers, 1988; Rusteloze reizen, editora Contact,
Amsterdam, 1990; Verre verlangens, Contact, 1991; Vreemde ogen, editora Prometheus, Amsterdam,
1993; Reis om de wereld in 80 verhalen, Prometheus, 1995; Reis om de wereld in 1000 bladzijden,
Contact, 1996, etc.

Para a editora De Arbeiderspers, de Amsterdam , dirigiu e escreveu os posfácios da edição em língua
holandesa das principais obras de Eça de Queiroz.

A sua biobibliografia acha-se incorporada desde a 9a edição na Grote Winkler Prins Encyclopedie,
a mais antiga (1870) das enciclopédias holandesas.

Pela sua contribuição para a cultura portuguesa foi agraciado em Dezembro de 1991 pelo Presidente
Mário Soares com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia concedeu-lhe em 1992 a medalha de ouro da cidade.

Alguma bibliografia em língua portuguesa: Saraiva, António José, prefácio a Montedor; “Dossier
J. Rentes de Carvalho” in Letras & Letras, Porto, nr. 88, 3 de Fevereiro 1993; Revista Ler nr. 38
Primavera/Verão 1997.
Eito Fora, nr. 19 http://www.trasosmontes.com/eitofora/ano2001.html
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/programas.htm



in:http://www.jrentesdecarvalho.com/port/index.htm