quarta-feira, 1 de junho de 2011

2 comentários:

  1. Gostei imenso de ler este comentário,mas na realidade e todos aqueles que prestamos serviço naquelas zonas,( Zebreira,Penamacor e parte da Secção de Castelo Branco)e que fomos apreensores,sabemos muito bem como é que se processava o armezamento da mercadoria,me recordo,principalmente de duas operações em que eu participei e fui apreensor,que quando a mercadoria foi a leilão faltava mais de 1/3 do producto,principalmente numa das apreenções que foi de tabaco,houve srºs Comandantes que passaram mais de um ano a fumar e oferecer a amigos, tabaco que nós tinhamos apreendido e aos apreensores sabem o que o Sr.comandante nos ofereceu ? Foi que nenhum dos apreensores soubemos qual foi a quantidade de milhares de pacotes de maços de cigarros que foi vendida,nem recebemos um único tostão da parte que nos pertencia da apreenção.Isto se é que o tabaco chegou a ser vendido.Era assim naqueles malditos tempos,o verdadeiro Picachouriços não podia abrir o bico,senão já sabia o que lhe esperava,sem saber de quê,simplesmente era transferido,muitas vezes até para fora da Área da Companhia,e pior ainda era uma péssima informação secreta que o srº.comandante lhe escrevia no seu processo que acompanhava o militar para onde quer que fosse transferido e que esse Picachouriços para onde fosse era visto só por quem tinha acesso ao processo pessoal,como um bandido e um mau elemento,só porque talvez ele disse alguma coisa que o srº. comandante não gostou,todos nós da velha Guarda sabemos como era. E muitos desses Srº. Comandantes arranjaram grandes fortunas sem jamais serem investigados e agora já é muito tarde.Mas os velhinhos sabemos como foi.E louvo todos aqueles que nos deitamos todos as noites com a consciência tranquila.

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  2. Caro Camarada,
    Tem toda a razão. Era assim que efectivamente se passava em grande escala. Não admira que, em 1993, tenham sido apenas soldados e cabos, da então Associação Nacional dos Guardas Fiscais, a manisfestarem-se publicamente contra a extinção da GF. Foram "devidamente" punidos pelos seus comandantes, que tinham transitado recentemente para a BF/GNR.
    Francisco Rodrigues

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