segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Histórias da Vida Fiscal - O aquecimento com "picão"

Nalguns Postos e até Secções da Fronteira
Terrestre o aquecimento no inverno era original. Nada de
electricidade o seu consumo era proibitivo pois as verbas atribuidas
não suportavam tais gastos. Aproveitava-se então o serviço de escala "Coluna Volante" - nunca menos de dois dias no campo - para recolher as raizes das estevas, urze e outros arbustos para fazer uma queimada daí resultando o célebre " picão " ( moínha ) recolhido em
sacos e transportado depois pelo jeep da Secção. E assim,numa
braseira de chapa ou bidon cortado o plantão e a pernoita conseguiam
dominar o frio das longas noitadas de inverno.

É bom recordar estas vivências da Guarda Fiscal de
então e trazê-las a terreiro para que esta nova vaga de GNRs saibam
quanto foi difícil servir na Guarda Fiscal, longe, mas muito longe das
benesses , do tudo ter nos dias que agora se vivem.

Luís Infante

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Guardas Fiscais junto a ponte sobre o Rio Homem - 1931


Mais uma excelente foto, do espólio do Sr. Tenente Seixas da GF, enviada pelo seu neto e nosso colaborador, Eliseu Seixas Aguiar. Trata-se, conforme se pode ler na legenda, uma imagem captada junto de uma ponte de madeira sobre o rio Homem, no caminho para a Portela do Homem.
Podemos observar, numa das margens, três guarda fiscais e, em cima da ponte com o habitual capote negro, certamente o, então, Alferes Seixas.
Em 2 de Agosto de 2010, publicámos uma foto da Portela do Homem, 1931, aquando de uma visita do Alferes Seixas àquele posto. Estamos em crer que esta foto foi tirada durante essa mesma viagem à Portela do Homem. Referimos, também, mas erradamente, que se tratava da antiga cavalaria da GNR. Pelo estudo que o Sr. Sargento - Chefe Sílvio Maldonado nos enviou, ficámos a saber que a cavalaria, na GF, foi extinta em 1916, em época anterior, pois, à da foto (1931).
Em comentário ao dito post de 2 de Agosto de 2010, já o nosso amigo e colaborador Antero Neto nos tinha informado do possível equívoco: " Será cavalaria, ou será o meio de transporte dos guardas? Lembro-me que o meu falecido pai se deslocava para o Posto das arribas a cavalo numa mula que tínhamos para o efeito. Nessas alturas colocava as polainas e as esporas e fazia um figurão".
De facto, situando-se muitos dos postos da GF em locais ermos e de difícil acesso só a pé ou cavalo se lá conseguia chegar.

Aproveitamos a publicação deste post para solicitar aos nossos colaboradores a continuação do envio de material para publicar. Só assim este blog poderá continuar a ter vida.

Cumprimentos,
Custódio Duarte